quarta-feira, setembro 15, 2010

18 cap completo

Margarida

Ele pegou no telemóvel e olhou para mim com aquela expressão de vou ter de atender.
Sim - disse ele
"Olá" - disse a mãe dele, eu conseguia ouvir perfeitamente o que ele dizia.
O que se passa - disse ele impaciente
"Vou ter de sair, temos de fazer uma coisa na fabrica" - disse a mãe dele como se fosse pedir algo.
Não precisas de dizer nada, até já. - e desligou o telemóvel
Ele virou-se lentamente para mim - Inês vou ter de ir a casa, vens comigo? - perguntou ele a coçar a cabeça.
Sim, não tem mal, vamos apagar as tochas.- podia andar para lá vandalos e por aquilo a arder.
Sim, esta aqui a tampa de apagar. - disse ele dando-me duas das tampas.
Depois de apagado, pegou nas suas coisas, eu peguei nas minhas, agarrou na minha mão e guiou-me até sua casa.
Quando estavamos lá a chegar vimos que os pais dele já estavam na porta a espera.
Os teus pais não se importam de estarmos de mão dada, e de estarmos juntos? - disse eu
Não - disse ele pouco importado.
O pai dele quando o viu, foi indo para o carro.
Olá- disse a mãe dele.
Olá - disse eu um pouco incomodada.
Desculpa, não poder falar, mas ligaram a dizer que há um problema na fábrica, olhem tenho de ir, xau. - disse ela a correr para o carro.
Queres entrar? . perguntou ele a abriri a porta
Sim - disse eu a subir degraus das escadas.
Quando entrei na casa, aquele cheiro estranho e um pouco familiar invadiu-me. Começei a olhar para o meu lado direito tinha uma cozinha bastante grande, era simples tinha uma mesa no meio e o resto em seu torno, quase que fazia um circulo completo, claro que tinha uma abertura para as pessoas se movimentarem. Mas era muito gira era uma cozinha redonda. Do meu lado esquerdo tinha uma grande sala de jantar, no meio também tinha uma mesa, mas esta mesa era de granito, preto. Subimos a escadaria a nossa frente que ia ter aos quartos e a uma pequena sala, ele conduziu até a sala, era pintada de rosa e preto
tinha 2 sofás e 2 pufs, e tinha uma rapariga que aparentava ter 8 anos lá sentada, aquele cabelo estava-me a fazer lembrar, era mesmo igual.
Nem penses que mudas de canal - disse a rapariga que estava de costas para a porta. Não podia ser aquela voz.
Margarida esta é a inês, Inês esta é a Margarida - ela deu um pulo do sofá e virou-se para trás.
Não podia ser é ela, aquele rosto perfeito, aquele sorriso, aquele nome, aquele cheiro.
Olá, eu sou a irmã do Pedro.
Irmã??- ups disse num tom muito exagerado - É que não parecem irmãos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário