terça-feira, maio 10, 2011

3º capítulo dark life

3º capítulo dark life

Olá pessoal, toca a ler.

Sentei-me ao pé da Daniela e perguntei-lhe o que passava-se.
-Suh, não sei como vou dizer isto - disse ela receosa.
-Deixa-te de novelas e diz lá - disse eu toda divertida, ela fez a cara de quem não ia achar grande piada.
-Eu sou uma cobarde, egoista e má.
-Chiu não digas isso, tu não és nada disso.
-Sou sim, eu vou hoje embora, vou mudar de escola, os meus pais vão trabalhar para o estrangeiro e eu tenho de ir com eles, eu vou-te deixar aqui sozinha, este é o nosso ultimo dia juntas.
Não lhe consegui responder, encostei-me ao banco e pensei em todos os nossos momentos, quando reparei estava a chorar, Daniela abracou-se a mim e disse:
-É a primeira vez que te vejo chorar.
-Eu adoro-te Daniela, não te esqueças disso- ficamos em silencio ate chegarmos lá.
Saí da camioneta de mão dada com Daniela e começamos a subir as escadas. Eu, Daniela e mais alguns separamo-nos e fomos por uma subida em terra no lado esquerdo, dentro da floresta. Fábio chamou Daniela e ela foi lá falar com ele. Vi um gatinho, que parecia aleijado numa rua paralela e fui atrás dele, ele andou uns metros, quando cheguei ao pé dele vi que tinha a pata ferida, ele andou mais um pouco e deitou-se na varanda de uma casa antiga. Subi a escadaria e “crrrrrrrr” O que foi aquilo?

A tábua partiu e eu cai num piso abaixo, numa divisão com um cheiro estranho, as paredes pintadas de amarelo claro, o chão em tábua, com um pouco de madeiro e ferro, que outrora devia ter sido uma cama, quando olhei uma segunda vez em volta deparei-me com um monte de tijolos a tapar a porta. “Espero que os tijolos estejam podres como a varanda” pensei. Peguei num ferro da cama e bati nos tijolos, mas nem um poço se partiu, batia com mais força e não parei de bater até ficar sem forças e a parede continuava intacta, parecia ser revestida de ferro, tentei trepar a parede, mas aquilo devia ter uns 3 metros de altura comparados com os meus 1,52 era muito.

O céu começou a escurecer, devia ser seis da tarde, como não me lembrei do telemóvel, por vezes sou mesmo dahhh. Boa onde é que estava o telemóvel? Oh, não estava cada vez melhor, a Daniela tinha ficado com a mala.

Será que já tinham dão por a minha falta? Talvez, mas não ouvia o meu nome a ser pronunciado pela boca de nenhum professor, de nenhum colega, de nenhum amigo, nem da minha Daniela, era o último dia que ia estar com ela chamei por o nome dela como nunca tinha chamado, chamei como se fosse a última palavra, chamei como se fosse todas as vezes que pronunciara o seu nome. Mas não ouvi nada, não ouvi a sua melodiosa voz.

Senti-me perdida, senti-me abandonada, senti-me sozinha, até que reparei em algo estranho estava a acontecer senti-me a ser puxada para dentro da terra, será que estava a ir para o inferno? Hum, talvez abri os olhos, desde quando é que eles estavam fechados, não fazia a mínima.

Olhei em redor, já não estava naquele quarto,

já não estava naquele quarto assustador, o mau cheiro deu lugar a um cheiro fresco, as paredes amarelas foram substituídas pela cor castanha, havia mais luminosidade e tinha um porta de madeira, coloquei-me de pé, cambaleei e caí de nariz no chão. Senti umas mãos quentes sobre a minha pele gélida.

Onde estou?

2 comentários:

  1. Gostei muito, muito inspirador...
    é bom ver que existem pessoas que se interessam pela escrita..

    ass: Lily


    PS: poderias passar pelo meu blog e dize ro que achas da historia que comecei a escrever

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